ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS DA REGIÃO DO PLANALTO MÉDIO
O mês de agosto é marcado como o mês de conscientização pelo fim da violência contra a mulher e a Administração Municipal, através das Secretarias de Saúde e Assistência Social, realizou algumas ações para intensificar essa campanha e conscientizar a comunidade como um todo.
Para encerrar as ações do AGOSTO LILÁS, a Juíza da Segunda Vara Criminal de Cruz Alta, Dra. Katiuscia Kuntz Brust, foi a convidada para palestrar, na tarde de terça-feira, dia 29 e assim falar do cenário desse assunto que afeta toda a sociedade.
Dentre vários pontos mencionados pela juíza, ela abordou: o por quê a violência acontece e os ciclos, ou seja: a fase de tensão, fase de agressão e a fase da “lua de mel”; os tipos de violência que a mulher enfrenta, sendo eles: a violência patrimonial, a violência sexual, a violência física, a violência moral e a violência psicológica.
Outro ponto bem importante mencionado pela juíza foi quanto as medidas protetivas que a mulher pode e deve tomar: “Nós sempre alertamos que é preciso que elas falem, para isso, tem uma rede de apoio que dá o suporte e ampara elas através das Medidas Protetivas de Urgência da Lei Maria da Penha, ou seja: afastamento, proibição do contato, fixação de limite mínimo de distância, restrição ou suspensão de visitas com os menores e a fixação provisória de pensão alimentícia”, salienta Katiuscia.
O caso alarmante mencionado pela juíza foi o crescimento da violência que as mulheres vem passando sendo que, 10 mulheres são mortas por dia no Brasil, algo que preocupa imensamente os órgãos interligados ao fato.
A juiz alertou bastante sobre a preocupação que afeta não só a mulher, como também os filhos, e a família como um todo “isso se replete em toda a cadeia familiar. E é muito visível os sinais apresentados pelas crianças por exemplo que são as primeiras a refletir o ambiente tóxico através do comportamento apresentado como: depressão, insegurança, stress, conduta agressiva e queda no desempenho escolar”, sinaliza ela.
Nenhuma mulher é obrigada a passar por nenhum tipo de violência, para isso, é necessário que quando assim ocorrer, mesmo com receio ou medo, ela, ou qualquer outra pessoa que presenciar os fatos, entre em contato imediatamente com a Delegacia de Polícia, Brigada Militar (190), Disque 100 – um canal gratuito e anônimo e a Central de Atendimento a Mulher, pelo 180.
Ressalta-se que a Administração Municipal, através das Secretarias de Saúde e Assistência Social, está sempre dando o suporte as vítimas, independente ao mês alusivo ao combate a violência.